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Analise do episódio do Velho do Restelo: Integra-se no preciso momento da partida de Vasco da Gama em direção à índia. Uma voz ergue-se perante as vozes que choravam pelos filhos, e representa todos aqueles que se opunham à “loucura” que era a ida à Índia, preferindo a guerra santa contra os mouros que, para os conservadores, ainda constituiam ameaça. Segundo o velho, os portugueses eram guiados pela ganáncia, pela ideia de tesouros nas terras da índia. Esta ideia é definida como conservadora ou racionalista. As ideias de Vasco da Gama eram no entanto contrárias às do velho. Apesar de ciente dos perigos e dos sacrifícios que teriam de enfrentar para alcançar os objetivos, e mesmo aceitando a verdade das palavras do Velho, a sua sensatez, Gama tinha em si o impeto mais forte e maior, um dever a cumprir imposto pelo rei e pela pátria e até um imperativo ético e psicológico. As palavras péssimistas do Velho do Restelo acabam por evidenciar os feitos dos homens que arriscavam a sua vida pela viagem à Índia, destacando e elevando o seu heroísmo, pois contra todos os avisos e perigos, estes avançam e não desistem. O Velho do Restelo acaba por representar a ideia do povo e daqueles que eram apoiantes de uma vida não heróica. Camões, ao contrário do que parece evidente, não se opõem completamente à ideia do Velho. Camões ergue, sobre a pele do Velho, a sua vertente humanísta que não aceita a guerra que a ida à Índia poderia trazer, erguendo uma exceção da guerra santa (que Camões aconselha vivamente a d. Sebastião no princípio e no fim d’Os Lusíadas). No entanto, tudo isto apenas enaltece a bravura e o heroísmo de todos os participantes desta viagem.
(Aquando da saída de Lisboa, um velho representante das ideias conservadoras apresenta a sua ideia sobre a viagem à Índia, e com toda a sua discordância para com a ideia de risco que seria a viagem, preferindo ele a direção dos esforços para a guerra santa, acaba a enaltecer o heroísmo dos viajantes.
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