Plano diretor

A cada década que passa, é fácil notar mudanças significativas em Santos. Grandes empresas chegaram estimuladas pelo pré-sal. Além disso, o porto, maior da América Latina, não para nunca. Mas é possível que nada chame mais a atenção do que o processo de verticalização que o Município atravessa.

Inúmeras torres construídas e o chamado boom imobiliário, que teve seu último capítulo no anúncio recente da construção de um edifício de 40 andares na orla da praia, fazem com que os santistas se dividam entre o otimismo e muitas dúvidas.

O prefeito de Santos, João Paulo Papa (PMDB), concedeu entrevista exclusiva para A Tribuna sobre essas questões. As perguntas foram formuladas com base em indagações feitas pelos internautas em A Tribuna On-line. Adiante, trechos da conversa. Em 1998, o senhor era secretário de Meio Ambiente quando se discutiu o Plano Diretor naquele ano. Esse boom imobiliário não foi previsto?

Esse aquecimento do mercado imobiliário é consequência do fortalecimento econômico do País. Todas as médias e grandes cidades do Brasil vivem a mesma situação. Em 1998, o quadro era oposto ao de hoje, ou seja, os empreendimentos imobiliários estavam parados. Os construtores não investiam porque a nossa legislação estava defasada há 30 anos e outros municípios da região, bem como da Grande São Paulo, ofereciam condições mais adequadas para novas construções. O Plano Diretor de 1998 buscou criar uma atratividade para o mercado imobiliário voltar a investir em Santos, já que aqui havia uma demanda reprimida. Aos poucos, a partir de 2000, junto com a melhora da economia brasileira, tivemos um reaquecimento do mercado que, provavelmente, não teria ocorrido na Cidade se não tivéssemos atualizado o Plano Diretor. Qual balanço o sr. do plano diretor de 1998? O plano vigorou por 11 anos e deu respostas positivas ao mercado. Houve um crescimento que era esperado e necessário na oferta de novos imóveis. O mercado absorveu perfeitamente esse padrão