Planejamento estrategico
O desenvolvimento industrial, verificado em Cubatão a partir dos anos 50, possui antecedentes. Os primitivos engenhos de açúcar, característicos da economia colonial, registram a primeira atividade industrial do município. Muito depois, os curtumes ganhariam importância, representando a fase primária da industrialização na região, utilizando o tanino, extraído das filhas dos mangues e, mesmo, vendendo a lenha.
Um curtume expressivo para a cidade foi a Cia. Curtidora Max, instalada em 1895 no bairro Olaria. Foi a primeira indústria a se instalar em Cubatão e uma das primeiras da Baixada Santista. Era o maior curtume do Brasil na época, preparando couros e peles para as mais diversas aplicações. Por ter dirigentes alemães, sofreu com a Primeira Guerra Mundial - embora estivesse bem distante do cenário da conflagração de 1914/18 -, tendo paralisadas as suas atividades.
Em 1918, foi adquirida pela Costa Moniz Indústria e Comércio S/A, que abandonou, posteriormente, sua característica de curtume de peles, variando (a partir de 1929) seu ramo de produção para a confecção de cintos de couro, fiação e tecelagem de correias de lona e borracharia, fios para tecido, correias e corda de couro curtido para exportação.
Em 1942, a maquinaria foi modificada e modernizada, nascendo daí a produção de mangueiras de combate ao fogo, que se tornaram o principal produto da empresa, junto com as correias transportadoras, cordas de algodão e mangotes de borracha para sucção (que tinham como maiores compradores a Marinha do Brasil e a armadora Lloyd Brasileiro). O algodão e o rami (fibra inicialmente importada do Japão, depois procedente de Iraí, no estado do Paraná) eram então algumas das principais matérias-primas usadas por essa indústria. A pequena produção de peles e pelúcias, usadas como forros de calçados, usava peles de origem caprina procedentes do Norte do Brasil e peles e carneiro compradas no Rio Grande do Sul, que sofriam um tratamento