Pintura de paisagem- mondrian

A Pintura de Paisagem na obra de Piet Mondrian

A pintura de paisagem enquanto tema de eleição para a representação nasceu na Holanda no século XVII, num contexto particular dado por vários motivos, uma vez que na primeira metade do século este país terá passado pela “guerra dos oitenta anos” contra a Espanha, em prol da independência deste país. Quando conquistada a independência, vários curiosos começaram a olhar para o seu território de uma outra forma, dando particular atenção ao mar e ao modo como conquistam a terra, dia após dia, tendo em conta as suas condições geográficas, já que este país é um vasto território plano e a baixa altitude. Por outro lado, temos o contexto religioso impossível de separar da “guerra dos oitenta anos” tendo em conta as perseguições vividas. Se antes era comum a representação de temas religiosos, com a reforma protestante estes temas foram abolidos e perderam-se os compradores, desse modo foi necessário pensar em novos meios de representação, com novos temas e novos compradores.
É assim que nasce a pintura de paisagem na Holanda, como afirmação do território, de um país que sem símbolos nacionais que evidenciem a sua pátria, procura na terra, e nos seus objectos mais comuns uma identidade própria. Este povo vê a terra como um herói unificador, símbolo de estabilidade e da segurança, que tem necessariamente de ser representado, uma vez que é um bem a proteger já que se encontra constantemente sob ameaça.
A paisagem, tema comum nas várias pinturas de artistas holandeses no século XVII, representa os símbolos nacionais, como o caso dos moinhos, torres de igrejas protestantes ou vacas mas também outros mais relacionados com o mar, e o poder naval e comercial que este território desfrutava. Podemos pois, ver a pintura de paisagem holandesa como um cartão-de-visita, onde é construído um ideal de uma relação económica com o exterior.
Por outro lado, a paisagem vai procurar registar de uma forma quase instantânea todos os