Criatividade

CRIATIVIDADE: UMA ESCOLHA POSSÍVEL PARA TODOS
Victor Reis Mazzei
Resumo
Esse estudo objetiva refletir e repensar algumas questões acerca da criatividade, e, sobretudo, sugerir algumas discussões sobre a constituição do ser humano criativo e quais as competências e habilidades inerentes a sua atuação. Pretendemos ainda problematizar os mitos que envolvem a criatividade, tendo como objetivo colocá-la como uma prática acessível a muitas pessoas, além de apontá-la como uma alternativa possível a todos que desejarem desenvolver o potencial da inovação em seu cotidiano.

Criatividade: para poucos ou para todos?
Escrever sobre Criatividade sempre me pareceu algo tentador, porém, extremamente perigoso. E o por quê desses sentimentos? Primeiramente, porque é um tema pulsante, delicioso, de forte apelo popular (e midiático) e que não é “propriedade” exclusiva de nenhuma disciplina, o que, convenhamos, é muito bom. Autores como Domenico de Masi, Steven Johnson, José Predebon, João Anzanello Carrascoza, Henrique Szklo, entre outros, que pretendo citar no decorrer desse artigo, colaboram para delinear minhas reflexões e formar a base teórica sobre o assunto que dissertaremos a seguir.
Retomando a questão acerca das inúmeras definições sobre criatividade, é possível perceber que a grande maioria delas recai sobre a geração de soluções inovadoras, ideias amplamente aceitas e de grande relevância para a sociedade. Desde já, afirmo que não rechaço esse pensamento, todavia gosto de pensar a criatividade como algo que se manifesta no cotidiano de todas as pessoas. Das mais populares às anônimas, como eu que escrevo esse artigo e você que o lê. Não credito somente a poucos iluminados o privilégio do usufruto da criatividade.
Aprecio identificar o verdadeiro sujeito criativo como alguém que trabalha muito para ter suas próprias ideias, em qualquer âmbito. Do profissional ao pessoal. Do arquiteto, que transforma 70 metros quadrados nada simétricos em um confortável