Perspectiva modernizadora

2421 palavras 10 páginas
ESBOÇO HISTÓRICO SOBRE O POSITIVISMO NO BRASIL
Quando, no século XIX, Auguste Comte elaborou o Positivismo, talvez jamais tenha pensado que não a Europa, mas um país sul-americano é que viria ser o solo fértil aonde germinariam as suas ideias.
Hoje, a Filosofia Positiva de Comte está superada no Ocidente, especialmente no que diz respeito à pretensão de reduzir a Filosofia a uma reflexão sobre a Ciência, na medida em que o conceito de ciência que lhe servia de suporte também foi reformulado.
Mas, o Positivismo de Auguste Comte compreende um vasto sistema filosófico, que ultrapassa as suas considerações de ordem epistemológica e pretende determinar a atividade humana no seu espaço histórico. E, se a Epistemologia comteana está devidamente superada, existe ainda uma herança positivista disseminada em diversos setores da atividade humana ocidental, em geral, e brasileira em particular.
Foi durante o chamado Segundo Império, isto é, por volta de 1850 que as ideias positivistas chegaram ao Brasil, trazidas por brasileiros que foram completar seus estudos na França, tendo mesmo alguns sido aluno de Auguste Comte. A indagação que cabe fazer aqui é: por que no Brasil tais ideias foram tão bem aceitas e divulgadas com tanto vigor? Para responder a esta questão parece-me importante traçar em linhas gerais a situação sócio-política do Brasil no Segundo Império.
No período monárquico a situação conseguira gerar insatisfação entre os políticos e intelectuais. A política adotada pelo Imperador D. Pedro II era de tal ordem que o poder estava sempre em suas mãos. Mesmo sendo o Brasil uma monarquia constitucional representativa e hereditária, isto é, existindo uma Constituição e um regime parlamentar, o Imperador era o árbitro de partidos e de estadistas, podendo fazer e desfazer ministérios e ministros. Opor-se ao poder da coroa era o mesmo que candidatar-se ao ostracismo político. O Imperador conseguia sempre neutralizar a oposição, pois, a luta política realizava-se entre

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