PEREIRA Sonia Gomes. A arte no Brasil no século XIX e início do século XX.
Com a vinda da família real para a Colônia ocorre a abertura dos portos e o fim do pacto colonial, além do início de um investimento numa estrutura para a corte. Assim, ocorre a criação da Academia de Belas Artes, numa tentativa de atualizar e modernizar a Colônia que deveria se tornar a sede do governo.
O período colonial havia sido mercado pela produção religiosa, porém nesse momento ocorre uma mudança de gosto influenciada por modelos portugueses que ira acarretar em uma produção não religiosa, baseada em paisagens e retratos (pintura). Tais mudanças são mais visíveis na capital, Rio de Janeiro, que terá, por exemplo, serviços urbanos e prédios monumentais, ou seja, as mudanças são em um todo.
O marco desse processo foi à instituição da Academia de Belas Artes no Rio de Janeiro, a qual foi construída pela Missão Artística. Tal missão foi chefiada por Jacques Lebreton e contou com outros artistas como Debret e Montigny, ou seja, seus artistas eram franceses que viram a vinda para o Brasil uma oportunidade de fuga das circunstâncias políticas de Napoleão na Europa. Implantaram diretrizes que contrariavam a tradição colonial, ampliando os horizontes das artes plásticas no País, e tiveram apoio do Estado, o qual financiou a fundação e manutenção da Academia, sendo o seu apoio vital para o desenvolvimento das artes na Colônia.
A produção da Academia foi basicamente neoclássica, a qual teve maior destaque no contexto geral da primeira metade do século XIX no Brasil. Porém, não desapareceram as formas tradicionais, havendo uma conjuntura entre os valores de contenção e harmonia clássica com a arquitetura civil colonial de raiz portuguesa.
O reinado de D. Pedro II foi crucial na consolidação do Brasil como nação. A partir de sua identificação com ideias liberais ele formou um modelo de economia agrária, onde a base era a exportação e a dependência de importações dos países europeus. Além