Pensar a corporeidade na contemporaneidade

INSTITUTO DE ARTES DA UNESP
LICENCIATURA EM ARTE-TEATRO

RICARDO HENRIQUE MARQUES DA SILVA

INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO FILOSÓFICO
CORPOREIDADE, CAPITALISMO E REFLEXÕES SOBRE O AGORA

PROFESSORA MARIANNA MONTEIRO

Filosofia, uma disciplina, um assunto, uma ciência, uma visão de mundo, ou uma maneira de transformar o mundo?
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Gostaria a princípio me colocar verdadeiramente sobre minha dificuldade em me expressar racional e filosoficamente. No momento em que me encontro, sinto-me em um estado de fertilidade poética, mas afetado por notáveis questionamentos que me levam à necessidade de maior introspecção, silêncio e a buscar refúgio em situações não-rotineiras. Escrever sobre temas como o capitalismo, as relações humanas e as questões que se referem ao trabalho, assim como o fato de haver a necessidade de organizar meu pensamento com base nas ideias e teorias de autores como Karl Marx não está sendo muito agradável e fácil para mim. Estou em conflito com relação a todas essas questões, num limiar, onde não sei para onde ir, nem onde ficar. Nessas últimas semanas fui obrigado a redigir acerca da importância do inteligência motriz e da ludicidade para o desenvolvimento das crianças em diálogo com Wallon, além de planejar uma série de aulas fundamentadas no círculo e na roda. Também escrevi um ensaio acadêmico na temática da História do Teatro em relação à dimensão espiritual e ao livro “As Máscaras Mutáveis do Buda Dourado”, além de outros exercícios avaliativos para a Universidade, escritos ou corpóreo-expressivos, e de ter que marcar presença em dois empregos na área de arte-educação, trabalhando de segunda a domingo. Não tem sido confortável, ao passo que tudo isso me trouxe fortalecimento e entendimento de uma série de questões. Mas o que eu me pergunto agora é: para que tanto entendimento, para que tanta explicação? Está doendo um pouco. Escrever sobre corporeidade, relações de trabalho e pensar o