Pedagogia

A literatura infantil nasceu da literatura popular, com o propósito de passar valores e normas a serem seguidos, ou seja, era a expressão de uma experiência vivida por outro e que ocasionaria outra experiência pela leitura. A literatura era voltada aos adultos, mas com o passar dos tempos foi destinadas as crianças. Para que isso pudesse acontecer, a literatura passou por várias adaptações constantes, sendo uma forma de entretenimento para os jovens leitores.
Apesar de muitas mudanças, a literatura para crianças mantém pontos semelhantes com a literatura própria para o adulto, como a popularidade e a exemplaridade.
A literatura infantil tem duas funções: uma utilitário-pedagógica e outra estética. Isso se deve ao fato dela ser apta de causar emoções; dar prazer; divertir e, principalmente, mudar a consciência de mundo da criança leitora, influenciando, assim, na sua relação tanto com seu interior quanto com elementos do exterior, no convívio com outras pessoas.
Os contos de fadas, diferencialmente de qualquer outra forma de literatura, direcionam a criança para a descoberta da sua identidade e vocação, sugerem experiência que são necessárias para desenvolver ainda mais seu caráter.
Os contos de fadas, na versão literária, atualizam ou reinterpretam em suas variantes questões universais, como os conflitos do poder e a formação dos valores, misturando realidade e fantasia. Por lidarem com conteúdos da sabedoria popular, é que esses contos de fadas são importantes, perpetuando-se até hoje. Neles encontramos o amor, os medos, as dificuldades de ser criança, as carências e as autodescobertas.
As histórias e os contos de fadas participam da infância, juntamente com o brincar, e trazem expressões da fantasia e dos anseios da criança ajudando-a a lidar com aspectos inconscientes. Ao ouvir histórias, a criança tem a oportunidade de enriquecer e alimentar sua imaginação, ampliar seu vocabulário, permitir sua auto identificação e autorreconhecimento, aprender a refletir