PAVILHÃO DO JAPÃO

PAVILHÃO DO JAPÃO (SHIGERU BAN) – EXPO 2000 HANNOVER
Sendo o tema principal da Expo 2000 o respeito ao meio ambiente, o Japão escolheu Shigeru Ban para projetar um pavilhão que produziria o mínimo de material desperdiçado quando fosse demolido. Sua arquitetura de papel já era conhecida por outros projetos, como a Paper Church, na cidade japonesa de Kobe, e desta vez tomaria proporções maiores.
O pavilhão deveria ser inicialmente um túnel em arco de tubos de papel e, aproveitando uma das características do papel – a capacidade de ser feito em qualquer comprimento – foi proposta uma superfície de grelha sem articulações. E para diminuir a tensão lateral ao longo do comprimento do edifício, a malha teria três curvas com diferentes dimensões em vez de um único arco simples, o que fortaleceu a estrutura em relação à tensão lateral.
Ao longo do projeto foi decidido que os tubos de papel com um metro de comprimento estariam ligados entre si por juntas flexíveis, formando uma grelha, que seria elevada ou erguida do chão adotando a forma da superfície. As articulações entre as juntas dos tubos de papel foram solucionadas por fitas de tecido ou de metal.
Tomou-se a decisão de que arcos de madeira deveriam ser combinados aos tubos de papel, que durante os testes de resistência apresentaram uma ruptura que tornava impossível a garantia da segurança da malha.
Após problemas com o governo de Hannover, o pavilhão não seria mais tratado como uma estrutura temporária, e sim como uma construção permanente. A estrutura, desta forma, deveria ser rígida, o que fez com que a seção das vigas fosse aumentada e reforços de aço implementados. A membrana, que seria formada por um saco impermeável, também passou por mudanças e acabou sendo adicionada a uma outra membrana de PVC transparente.