paulo freire

Simpósio Paulo Freire
Vitória (ES), 04-06 de setembro de 1996
A PRÁXIS POLÍTICO-PEDAGÓGICA DE PAULO FREIRE NO CONTEXTO EDUCACIONAL BRASILEIRO
Moacir Gadotti (*)
É uma grande alegria para mim poder participar deste simpósio sobre Paulo Freire, ao lado de tantas pessoas que, não só estudam a sua obra, mas aplicam suas teorias e avançam em suas práticas a partir do seu legado se comprometendo com os princípios de uma educação libertadora.
Estou aqui também como membro do instituto que leva o seu nome e que hoje se constitui numa rede de pessoas e instituições com núcleos em 18 países. A idéia de criar esse instituto partiu dele mesmo, no dia 12 de abril de 1991, na Universidade da Califórnia, Los Angeles, por ocasião da visita que fez àquela Universidade, à convite do professor Carlos Alberto Torres. Mas o Instituto Paulo Freire não teria se desenvolvido sem o talento e a generosidade de um bom número de educadores. Além de Carlos Torres, devo mencionar Francisco Gutiérrez, José Eustáquio Romão e Walter Garcia que se associaram mais recentemente a Ana Maria Araújo Freire, Ângela Antunes Ciseski, Paulo Roberto Padilha e Heinz-Peter Gehardt para produzir uma obra sobre o seu patrono: Paulo Freire: uma biobibliografia, publicada este ano pelo Instituto em co-edição com a Cortez Editora.
Foi uma maneira que encontramos não só de prestar uma homenagem ao nosso patrono, mas de sistematizar um dos mais importantes paradigmas da educação na América Latina, a educação popular à qual Paulo Freire deu uma constibuição inestimável. Essa biobibliografia acabou sendo uma forma de pensar a educação em geral, latino-americana e brasileira em particular e uma oportunidade de aprofundar a obra militante de um educador, compreendido no contexto de uma concepção pedagógica rica e em evolução.
Esse livro mostra a originalidade, universalidade e complexidade do seu pensamento. Várias gerações de educadores, antropólogos, cientistas sociais e políticos, profissionais das áreas de