Patrimônio histórico

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Os textos de Marilena Chauí e Glória Alves nos trazem questões muito importantes, uma exacerbada preocupação de valorização de áreas anteriormente nobres do centro da cidade de São Paulo, por parte dos proprietários, sem o cuidado da análise imparcial do que é realmente um bem histórico, bem como, a ineficiência do Estado em disponibilizar o acesso à população de menor poder aquisitivo a estes bens.
Os tombamentos históricos no Brasil tem tido um efeito diferente do que acontece no resto do mundo. Aqui, bens imóveis perdem seu valor econômico ao serem tombados, diferentemente de bens móveis que ao serem legitimados como autênticos agregam valor e se transformam em verdadeiras relíquias. Estes imóveis são transformados em bens imutáveis e, esta transformação fere os interesses econômicos da especulação imobiliária de proprietários que têm como maior objetivo obter lucros com aquele espaço, não se comprometendo com objetivo da proteção de um bem histórico que possa propiciar uma maior compreensão da sociedade do processo que nos carregou até o presente.
É neste ponto que a ineficiência do Estado, quanto à politica cultural, fica evidente. Não é de responsabilidade do Estado, definir o que é ou não importante para compreensão do processo histórico e cultural de sua sociedade, porém é de responsabilidade do Estado disponibilizar o acesso ao conhecimento para que a sociedade defina o porquê é importante preservar estes processos. Do que adianta termos centenas ou milhares de prédios tombados como patrimônio histórico, se em muitos destes prédios a população não tem acesso ao espaço físico do mesmo, ou sequer tem acesso ao conhecimento da importância deste prédio para a compreensão de um momento histórico-cultural que influenciou diretamente no processo que nos trouxe até o presente? O Estado tem que disponibilizar as ferramentas de entendimento através de programas escolares e politicas de cultura melhor definidos, onde estes espaços tombados façam parte do

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