Patrimonialismo
É uma característica presente em países, estados, municípios, determinadas regiões com governos estabelecidos onde não se consegue diferenciar o que pertence ao povo, ou seja, o que é público daquilo que pertence ao governo. Tal prática foi muito comum entre os absolutistas: o Rei ou Soberano se utilizava do patrimônio particular e do reino sem fazer qualquer distinção, dando mesmo a idéia e a certeza de que era na verdade propriedade sua. De maneira geral esta prática tem sido prejudicial ao desenvolvimento econômico e social das nações. Há porém, alguns casos em que o Patrimonialismo, aplicado com autoridade e competência, como no caso do China, por exemplo, tem tido sucesso, principalmente no setor comercial e industrial de uma maneira geral.
PATRIMONIALISMO NO BRASIL
No Brasil, o Patrimonialismo sempre esteve presente na época da colonização por parte dos portugueses, com a concessão de títulos e propriedades aos senhores da terra e coronéis da época, em contrapartida ao apoio político.Também no período imperial, na República Velha, Estado Novo, no Regime Militar e até nos dias de hoje há correntes de pensamento que defendem que o excessivo intervencionismo na economia e o assistencialismo social também são formas veladas de patrimonialismo. Há também alguns políticos que acham que o cargo que ocupam lhes pertence ou à sua família e à revelia daqueles que o elegeram fazem e desfazem dando empregos a parentes, fraudando licitações, permitindo que seus
familiares pratiquem crimes das mais diversas naturezas e fiquem impunes.Enfim, dando demonstrações práticas de que, na verdade, o patrimonialismo ainda está muito arraigado nas raízes culturais do Brasil.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO PATRIMONIALISMO
Nepotismo: significa governo dos sobrinhos, quando o governante dá emprego no órgão que dirige aos de sua família;
Favoritismo: proteção escandalosa, filhotismo, uma forma de os governantes perpetuarem o poder econômico