parêmides

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Introdução. Parmênides tornou-se notável na medida em seu poema, chamado Da
Natureza (Peri; Fuvsew"), não é, exatamente, uma investigação acerca da physis, mas é uma primeira expressão acerca do ser. Neste sentido, é uma obra inusitada e original, um trabalho inaugural de uma tradição de pensamento que será herdada por Platão e Aristóteles. Este poema é a primeira obra que trata diretamente da questão do ser e estabelece os princípios da atividade do pensar. Ao contrário dos outros pensadores pré-socráticos que investigaram o problema da origem do cosmo, Parmênides se atém ao problema do conhecimento do ser justificando a necessidade das coisas serem de certa maneira e não de outra. O eleata justifica a necessidade de sua concepção filosófica e isso é algo inusitado na filosofia nascente. Parmênides, ao mesmo tempo em que estabelece uma ontologia, um discurso sobre o ser, constitui uma lógica vigorosa e excludente na qual estão esboçados os princípios de identidade, não contradição e terceiro excluído. Sua obra teve uma repercussão imediata e continua, até hoje, desafiando os interpretes. 2. Contexto Histórico. Parmênides (floresceu por volta de 475 a.C.) é natural de
Eléia e, provavelmente, fui discípulo do pitagórico Amínias. De sua vida pouco sabemos, talvez tenha tido uma participação política em sua cidade pois consta que deu boas leis para sua cidade. De seu poema restaram dezenove fragmentos divididos em três partes: o proêmio que coincide com o primeiro fragmento (frag.
1), a via da verdade que segue a partir do segundo fragmento até o verso 50 do oitavo (frags. 2—8.50), e, finalmente, a via da aparência que é composta do restante do oitavo até o décimo nono fragmento (frags. 8.50-61—19).
3. O proêmio. No Proêmio, Parmênides apresenta o poema como uma revelação onde ele, privilegiado entre os mortais, é conduzido por uma carruagem, guiado por donzelas, deixa as moradas da noite em direção à luz, passa pelo portal guardado pela

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