Participação do brasil no mercosul

Participação do Brasil no Mercosul.
Quando se iniciaram as conversações para a formação do bloco, ainda nos anos 80, durante o governo Sarney, o foco era mais político do que econômico. Era uma tentativa de diminuir os conflitos entre Brasil e Argentina e de sinalizar para o mundo que os dois países podiam cooperar e que deixavam para trás o passado autoritário. Economicamente era uma tentativa de reestruturar a economia de ambos os países, ainda as voltas com a hiperinflação. O idéia era de se chegar um dia à formação de um Mercado Comum, que garantisse a livre circulação de fatores de produção (capital, mão-de-obra etc).

Com os governos Collor de Mello e Saul Menem, já nas década de 1990, quando o bloco é efetivamente formado, o aspecto político é deixado de lado e o bloco passar a ser visto quase que exclusivamente dentro do prisma econômico. É quando Paraguai e Uruguai são chamados a integrarem o Mercosul. Era preciso inserir as economias do Cone Sul no mundo globalizado, aumentando a competitividade, buscando ganhos de escala e aproveitando as vantagens comparativas de cada país. Abandona-se a pretensão de formar um Mercado Comum e satisfaz-se com a formação de uma União Aduaneira, caracterizada pela TEC, Tarifa Externa Comum, que unifica os impostos de importação cobrados pelos países do bloco.

Essa linha seguiria sem maiores alterações até o segundo governo FHC, quando a crise do Real em 1999 e a que se seguiu na Argentina deram uma enfraquecida no volume de comércio e aumentaram a desconfiança entre os parceiros. Mesmo assim, ainda no 2º governo FHC começa uma tentativa de levantar o bloco, com o Brasil dando maior ênfase no aspecto geopolítico, principalmente porque o bloco passa a ser visto como uma ferramenta de defesa dos interesses nacionais. Com o governo Lula, esse perfil foi acentuado, tentando-se, inclusive, ampliar o número de sócios, como com a entrada da Venezuela, para fortalecê-lo ainda mais.

Embora tenhamos enfrentado conflitos