Parte V

Parte V: Salvaguardas Internalizadas

12. Profissionalismo e o processo de seleção
As estruturas institucionais que nós identificamos não são a única fonte de restrições judiciais indiretas. Oliver Wendell Holmes estava quase certo: a vida da lei é lógica e experiência. Se as estruturas institucionais realçam a lógica, a vida vivida dentro da lei fornece a experiência necessária. Nessa vida, a cultura da lei e normas profissionais desencorajam a elaboração de decisões radicais, politizadas ou idiossincráticas. O processo de seleção judicial deveria reforçar essas normas profissionais, mas hoje, infelizmente, isso é falho.

Normas Profissionais
A inculcação dessas normas começa na faculdade de direito. Os professores apresentam os alunos primeiro à common law com seu lento desenvolvimento e incremento. Nós também os ensinamos sobre processo: que como se chega a uma decisão – sob quais procedimentos e quais entradas [?] – é frequentemente mais importante do que o resultado material. (para muitos litigantes, ter “o dia” no tribunal pode significar um longo caminho rumo à compensação, mesmo que o resultado final não seja ideal [achei essa frase confusa]). Tanto as normas processuais quanto o trajeto da common law tendem a desencorajar decisões destemperadas ou radicais. Nos também fazemos os estudantes confrontarem o precedente apresentando novos padrões de fatos e novas questões legais em face do plano de fundo dos casos existentes, raramente deixando-os começar de um quadro em branco. Eles aprendem a amarrar seus argumentos ao passado e ao presente.
O método socrático pelo qual os professores chamam os alunos em classe e os submetem a perguntas sequenciais que os forçam a pensar mais profundamente, afasta ainda mais os alunos da irrestrita discricionariedade. Nós os fazemos filtrar e pesar argumentos, ensinando-os que o que conta é um argumento legal válido, de modo que eles possam separar crenças pessoais de princípios legais. Requer-se deles – em um momento de