Parte 6

774 palavras 4 páginas
O homem está assim, para a fenomenologia existencial, condenado a ser livre. Por não encontrar no mundo pronto as respostas de que necessita, o homem é obrigado a fazer suas próprias escolhas, construir-se a si próprio e dar um sentido para a sua existência, sem nunca receber garantias e tendo sempre que se responsabilizar pelas escolhas.
Além de livre o homem é, para a fenomenologia, também só. Só porque veio para o mundo sozinho, quando morrer, estará sozinho, só, tem que se responsabilizar por suas escolhas, e mais do que isso, só, porque ninguém jamais o compreenderá por completo.
Diante da angústia, da solidão, da possibilidade sempre presente da morte, e da liberdade, o homem tem dois caminhos: aceitá-los assumindo a responsabilidade por suas escolhas e guiando ele próprio a sua vida, em uma existência autêntica; ou fugindo para o anonimato do ser social, confundindo-se com a massa, buscando fora de si as respostas e a determinação de sua vida, em uma existência inautêntica.
Na tentativa de fugir à solidão, o homem inautêntico dissolve-se nos grupos. Se não pode sozinho se responsabilizar por suas decisões e apoiar-se em si próprio, apóia-se nos grupos. Mas os grupos costumam ser exigentes com seus membros e, em maior ou menor grau, exigem uma certa padronização. Em troca de aceitação o homem quando age inautenticamente abre mão de sua liberdade e autonomia.
Mas perdido na massa, desconhecedor de si próprio, é freqüente que o homem também não se sinta feliz, é tomado por uma grande insatisfação e profundo sentimento de tédio e vazio. É comum que se sinta ansioso ou seja acometido por variadas doenças. E novamente a angústia, não possível de ser eliminada,por não ser doença nem defeito, mas a própria condição do existir humano. Os fenomenologistas acreditam que na verdade é ela o alimento da vida.
Aceitando a singularidade, o eterno vir a ser, e sua condição de ser finito, o homem se torna livre. A fluidez, a instabilidade, e mesmo a ausência de

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