paraty

Caminhar pelo Centro Histórico de Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, é fazer uma verdadeira viagem ao século 17. É possível sentir a atmosfera do Brasil antigo, com igrejas e casarões imponentes. As construções possuem estilo colonial e são feitas com materiais muito usados na época: pau-a-pique, taipa, adobe e cal. Além disso, foi proibida a passagem de carros para que se possa observar a aquitetura do local.
As igrejas de Paraty evocam o nascimento da nova era representada pela Cristandade. E fazem de Paraty uma cidade barroca, onde a religião marca os principais pontos da paisagem urbana. A igreja de Santa Rita é de 1722 e, a igreja de N.S.do Rosário, é de 1725, quando Paraty era rota do ouro. Ambas respiram a Contra-Reforma e o sentido missionário que os jesuítas deram à sua arquitetura, com elementos do maneirismo e do estilo chão, movimentos arquitetônicos cujas conceituações remontam ao Renascimento.
O traçado das ruas, ainda pavimentadas com blocos irregulares de pedra, é sinuoso para evitar o vento encanado e garantir a incidência solar em todas as casas.
Outra curiosidade da cidade é a presença dos traços maçonicos. Os primeiros sinais da Arte Real atualmente observados em Paraty são os três cunhais de pedra nas esquinas, como se fossem as bases das colunas maçônicas, formam alegoricamente um triângulo. Diversos símbolos, localizados acima desses cunhais de pedra, predominantemente nas cores branca e azul, desenhados uns sobre os outros, decoram as fachadas das casas e sobrados. Outras evidências da presença maçônica estão nas medidas das construções. Os vãos entre as janelas possuem a seguinte característica: o segundo espaço é o dobro do primeiro e o terceiro é a soma dos dois anteriores. Tais medidas são heranças dos princípios pitagóricos aplicados à arquitetura dos templos maçônicos. Algumas casas ainda possuem a escala 1:33:33 e na época existia o ofício de “Fiscal de Quarteirão”.