Papper

Os primeiros programas do formato e sua influência

Em primeiríssimo lugar, devemos informar que o formato reality show não é algo novo e nem sequer foi criado no século XX, mas é uma idéia que tomou corpo no ano de 1973, com a exibição da série An American Family, transmitida nos Estados Unidos, que se tornou conhecida por surpreender os espectadores com o divórcio de um dos casais, e com a revelação de que um dos filhos era homossexual. Mas o verdadeiro sucesso do formato veio no ano 2000, com Survivor, e no ano 2002, com American Idol, consolidados como as primeiras aplicações bem sucedidas da convergência midiática [No Brasil, o principal expoente tratando-se de reality show é o Big Brother Brasil, apresentado desde 2002 pela produtora Endemol]. Estes três programas, principalmente, foram um marco que delimita o novo espaço da interatividade, pois novas mídias surgiram e foram incorporadas nessa relação produto/consumidor. A possibilidade de acessar a internet de quase qualquer lugar, a necessidade de participar de certa forma do programa através de votos, e a identificação pessoal com os “personagens” dos reality show fizeram do formato um campeão de audiência e prestígio. Com relação ao custo-beneficio, é uma alternativa barata e que, mesmo sem uma audiência fantástica, direciona bons lucros. É geralmente empregada no período de verão, que é quando a televisão alcança seus níveis mais baixos de audiência.
A TV aberta deparou-se com uma espécie de colapso por conta da multiplicação e convergência dos meios de comunicação. Há anos atrás, as pessoas tinham como opção três ou quatro canais de televisão aberta e eram praticamente obrigadas e assistir a pelo menos um deles. Hoje temos vários canais abertos e acessíveis a grande parte da população, sem falar nas centenas de canais na TV por assinatura, que conta com vários programas especializados em determinados assuntos. Além de todas essas opções de interação, contamos com DVD's, internet, video games e