Papalagui - Resumido !

Ciências Sociais

O olhar diferente: O PAPALAGUI

O Papalagui:
Comentários de Tuiávii – chefe da tribo Tiavéa nos mares do sul recolhidos por Erich Scheurmann

Os olhos do outro:
Com os olhos dele ficamos sabendo como nós mesmos somos, de um ponto de vista que nos é impossível assumir. (...) Mais de uma vez me espantou a precisão com que estes conhecimentos atingiam minúcias aparentemente insignificantes, Tuiávii possuía, no mais alto grau, o dom da imparcialidade que marca a observação acurada.

Quem é o Papalagui?
“Papalagui (pronuncia-se Papalágui) é o Branco, o Estrangeiro. Traduzido literalmente, é aquele que furou o céu. O primeiro missionário europeu a desembarcar em Samoa chegou num veleiro branco. Os nativos, vendo o veleiro de longe, pensaram que as velas brancas fossem um buraco pelo qual, furando o céu, o europeu tinha aparecido”.

A moradia:
“A cabana em que mora parece-se com um baú de pedra em pé, com muitos compartimentos e furos. (...) E cada aiga (família) não sabe nada da outra. É muito comum nem saberem o nome umas das outras. É nestes baús que o Papalagui passa a sua existência, ora num, ora noutro, conforme as horas. É aí que as crianças crescem.”

A vida na cidade:
“Estes baús de pedra são sempre em grande número, apertados uns contra os outros, não existe árvore nem arbusto. Tem-se que andar muito até encontrar um lugar mais aberto. É grande o barulho. Aí vevem homens que nunca viram uma árvore, um bosque, um céu aberto; nunca viram o Grande Espírito face a face.”

O deus dinheiro:
“Fale a um europeu do deus do amor: ele torce o rosto, sorri. O dinheiro é o objeto do seu amor, é a sua divindade. Pensam todos os dias, todas as horas, em todos os momentos no dinheiro. Até as crianças têm de pensar nele, devem”.

Vive-se sem dinheiro?
“Não é possível na terra dos Brancos, ficar sem dinheiro. Tens de pagar por tudo. Todos os europeus estão sempre à procura de novos motivos para exigir dinheiro. Na Europa, sem