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O TÉCNICO AGRÍCOLA E SUAS RELAÇÕES COM AS QUESTÕES
AMBIENTAIS

Após os anos 60, no auge dos "anos verdes”, em que a agricultura era vista como a saída para o desenvolvimento do país, houve vários financiamentos que estimularam a agricultura convencional, na qual o preparo do solo ainda era baseado na aração e gradagem, ou seja, o solo deveria ser revolvido para o plantio das culturas anuais. Atualmente, esse sistema de preparo é pouco usado, sendo substituído pelo plantio direto, que consiste no plantio sem revolver o solo (plantio sobre a palha).
Nesse sistema convencional, era necessário realizar um intenso preparo do solo, técnica que contribuía para o empobrecimento das características físicas, químicas e biológicas do solo, provocava o desequilíbrio ambiental e, conseqüentemente, assoreamento de córregos e rios. Essas práticas aliadas ao desmatamento e queimadas de lavouras e campos nativos contribuíram e, ainda, contribuem para assoreamento dos rios, pois, a fim de aumentar a área para o cultivo, especialmente, da cultura do arroz nas várzeas de beiras dos rios, houve a diminuição da mata ciliar que atuava como proteção aos recursos hídricos.
Como conseqüência dessas práticas, houve a redução da produção, devido à erosão e à perda da fertilidade natural dos solos, que muitas vezes, obrigou os produtores rurais a se desfazerem de terras, para pagarem dívidas. Posteriormente, restava-lhes a alternativa de migrarem para as cidades.
Assim, esses trabalhadores rurais foram atraídos pelo crescimento industrial, ocasionando um grande aumento das populações nas periferias das cidades e o agravamento dos problemas sociais pela falta de escolaridade e de profissionalização para o trabalho urbano. Houve assim para esse grupo uma diminuição das condições de vida nas grandes cidades, e nelas o "progresso", conforme Buarque (1990), desencadeou transformações sociais e, principalmente, ambientais. 5
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