Os romanos

Os romanos na Península Ibérica
A conquista
A conquista romana da península Ibérica iniciou-se no contexto da Segunda Guerra Púnica, entre Roma e Cartago. Foi em 218 a.C. que os Romanos chegaram pela primeira vez à Península, começando por se fixar nas regiões do Sudoeste. Aqui, os romanos, não foram confrontados com grandes dificuldades, visto que os habitantes estavam habituados a contacto com povos diversos e opuseram pouca resistência. O domínio romano estabeleceu-se com relativa rapidez. Pelo contrário, na zona central e norte da Hispânia, as tribos aguerridas, como a dos lusitanos, lutaram tenazmente contra o domínio estrangeiro. Durante dois séculos, Roma concentrou na Península grande número de efetivos militares e confiou aos mais prestigiados generais o comando das operações contra os resistentes. O primeiro a conduzir os seus exércitos para além do Rio Lima foi Décimo Júnio Bruto, que chegou em 61 a.C., e, por fim, do próprio Octávio, que concluiu pessoalmente a pacificação do território. Nesta ultima campanha, que se iniciou em 29 a.C., e que durou 10 anos, foi vencida a resistência dos povos do Norte, Calaicos, Àstures e Cântabros, que atacavam repetidamente as regiões já pacificadas.
Os primeiros, ao se contactarem com as populações nativas, constituíram famílias, fixando os seus usos e costumes, ao passo que os segundos iam condicionando a vida económica, em termos de produção e consumo. Embora não se tenha constituído uma sociedade homogênea na península, durante os seis séculos de romanização registraram-se momentos de desenvolvimento mais ou menos acentuado, atenuando, sem dúvida, as diferenças étnicas do primitivo povoamento. A conquista da Península foi difícil e atribulada, mas antes de estar terminada, os Romanos tinham já iniciado, nos territórios sob o seu domínio, o processo de romanização. A romanização estendeu-se, apesar de forma desigual, a toda a Hispânia. No sul, a cultura romana expandiu-se tão rapidamente e