os Pressupostos Básicos da Antropologia de Boas
Stocking, autor da introdução da obra “A Formação da Antropologia Americana – 1883 a 1911 – inicia o texto afirmando que “mais do que qualquer outro homem, Franz Boas, um alemão profunda- mente arraigado às tradições intelectuais de sua terra natal, definiu o “ca- ráter nacional” da antropologia nos Estados Unidos”, ressaltando que Boas foi decisivamente uma grande marca da antropologia americana. A influência de Boas a contribuição que inaugurou um novo marco metodológico para a antropologia atual.
Stocking enfatiza que ver analisar mais atentamente os pressuposições do estudo de Boas, leva a outros objetivos muito além daqueles que buscam estudar a biografia de um estudioso. Isso sede espaço para uma investigação antropológica mais sistemática, onde a influência intelectual de Boas concede uma amplidão bem maior no campo da antropologia, marcadamente a diferenciação entre as tradições antropológicas e a antropologia americana, sobre a qual se pode novos horizontes epistemológicos mais duradouros, que um estudo com características antropológica mais universal.
O autor menciona o debate ocorrido em 1887, entre Boas, Otis Mason e John Wesley Powell, em torno da “ocorrência de invenções similares em áreas muito separadas”, em que esses dois etnólogos evolucionistas defendiam os eventos semelhantes eram produzidos por fatores semelhantes, o que incisivamente Boas discordava. Estes etnólogos instigaram grande debate metodológico, sobre os quais propunham classificações em torno dos fenômenos etnológicos, com o propósito de dispor de categorias com interesses maiores na regência do pensamento nativo.
Stocking enfatiza que Boas se manifestava radicalmente contra a elaboração de sistemas de pensamento, defendendo que muitos fenômenos do mundo da etnologia estavam