Os homens Negros e o Elo- Da sociedade escravista até uma discriminação cor-raça profunda

4383 palavras 18 páginas
OS HOMENS NEGROS E O ELO COM CRIANÇAS E JOVENS: DA
SOCIEDADE ESCRAVISTA ATÉ UMA DISCRIMINAÇÃO COR-RAÇA
PROFUNDA
ARNALDO DE SANTANA SILVA1
RESUMO
Este artigo apresenta a relação social criada pelo vínculo diário entre as “famílias” das comunidades pobres e negras. É importante dizer que existem poucas publicações sobre esse tema, sendo estas extremamente difíceis de serem encontradas.
Referências para essa articulação entre crianças/jovens e homens negros são difíceis de encontrar devido à sociedade escravista que marca esse grupo sociocultural até hoje. É aparente que, no Brasil, os senhores de escravos fizeram todo possível para impedir a criação e desenvolvimento do elo familiar, particularmente entre os filhos e pais escravos. As famílias negras não existiam devido a separação para diferentes locais dentro da fazenda, ocupando cargos diferenciados sobre o regime escravista, eram distribuídos visando a inexistência de contato entre outros escravos de origens, culturas e linguagens distintas. O vínculo existente entre homens negros e as crianças provavelmente tenha se distanciado da forma biológica atual de pai das sociedades mais modernas, esse vínculo pode ser mais comumente encontrado entre tios, avós e padrinhos, do que entre o próprio pai. A proibição sobre o elo entre pais e filhos, na sociedade escravista, pode ter sido vista como uma maneira para prevenir as rebeliões escraviárias. Isso também pode ter auxiliado nos dados atuários sobre mortes de jovens negros (aumento de 28% enquanto declínio de 22% para os jovens brancos entre 2000 e 2009). Os pais e homens adultos que são negros não tem como proteger seus próprios filhos devido à insuficiência do vínculo.
Palavras-Chave: HOMENS NEGROS; ELO PATERNO; CRIANÇAS; ESCRAVIDÃO;
ABSTRACT
This article presents the social relation created by the daily bond between poor and black communities "family" members. It is important to say that there are few publications on this articulation

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