Origem da vida e evolução da célula

Origem da Vida e Evolução da Célula

Embora a palavra vida pareça ter um sentido óbvio, ela conduz a diferentes idéias, tornando-se necessário definir o próprio objeto a que nos referimos. Apesar de mais de um século de uso do microscópio e de frequentes noticias na mídia envolvendo a poderosa ação de micróbios, ora causando doenças ora curando-as, fazendo parte do ecossistema ou influindo na produção de alimentos, a imensa maioria das pessoas não sabem que os micróbios compõem a maior parte dos seres vivos. Uma concepção muito difundida entre os povos de cultura judaico-cristã-islâmica é que a vida seria uma espécie de milagre e não uma decorrência de leis naturais. Mesmo filósofos importantes, como Aristóteles, aceitavam tal explicação sobre a origem dos seres vivos. Dessa interpretação surgiu a teoria da geração espontânea, segundo a qual todos os seres vivos originam-se espontaneamente da matéria bruta. Essa teoria, entretanto, foi contestada por vários cientistas. Um experimento no laboratório de Louis Pasteur (1822-1895) colocou um ponto final na idéia da geração espontânea. Depois dele, passou-se a admitir que um ser vivo só se origina de outro ser vivo. Contudo, Pasteur não eliminou totalmente a possibilidade da geração espontânea, ela só seria válida para a primeira vida, daí para a frente seria exigida a reprodução. Charles Darwin (1809-1882) imaginava que uma poça de caldo nutritivo, contendo amônia, sais de fósforo, luz, calor e eletricidade, pudesse ter dado origem a proteínas, que se transformaram em compostos mais complexos, até originarem seres vivos. Alexander Ivanovich Oparin (1894-1980) procurou entender a origem da vida como parte da evolução de reações bioquímicas, mediante a competição e seleção darwiniana, na terra pré-biótica (antes do surgimento da vida). A evolução é o processo de mudança dos organismos através do tempo, fazendo que os organismos atuais sejam diferentes dos inicias. Embora exista uma cadeia de continuidade ao