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ORGANIZAÇÃO e COMANDO

Sempre que visito os salões de beleza, observo-os, com olhar crítico, pelo lado empresarial do negócio, buscando entender a realidade existente – um tanto quanto perturbadora adianto – e identificar focos de clareza em alguns para que possa inclusive fundamentar o que poderíamos chamar de melhores práticas. Como cada mercado tem suas próprias regras, não vale a pena comparar a organização bem mais rígida de uma fábrica ou de um comércio em geral, nem a total flexibilidade de regras do atelier do artista plástico com as regras necessárias ao salão de beleza.

Observo que as empresas de beleza, historicamente, se formaram seguindo uma tendência inversa no mercado: ao invés de crescerem ao redor do profissional administrativo, com excelentes capacidades organizacionais e administrativas, e que contratava os técnicos necessários à atividade empresarial, aquelas, cresceram ao redor do profissional técnico (cabeleireiro, esteticista ou manicura) e que normalmente, pela tendência centralizadora, acumula também as tarefas administrativas.

É fato que as empresas cresceram devido à competência, carisma e capacidade de manter clientes fiéis deste profissional, que também montou uma equipe normalmente preparada e treinada por ele próprio para atender a uma clientela crescente. Entretanto, o enfoque administrativo, que é tão particular às outras empresas e a partir da qual permite antever os problemas financeiros, administrativos e fazer frente à concorrência, é totalmente relegado a uma atividade menor e sem importância.

Mas nesta empresa de ordem inversa, que cresce muito devido aos ventos favoráveis do mercado em constante expansão, mostra também sua fraqueza ao perceber a falta de pessoal qualificado para administrá-la ou planeja-la, elaborando metas, analisando os pontos fracos e aproveitando seus grandes talentos para expandir. Esta normalmente sucumbe, fechando suas portas devido às pequenas crises financeiras da empresa,

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