Old English
A língua inglesa que se conhece no presente é o resultado de uma evolução de mais quinze séculos. Entende-se por inglês antigo ou inglês saxônico (old English), o inglês falado e escrito de diversas formas no período de 450 a 1100 d. C.
Quando falamos de literatura inglesa, vamos sempre observar a importância que a palavra “ilha” tem em seus textos. Simbolicamente, em geral, a ilha é considerada um “outro lugar” mágico, um mundo estabelecido à parte: às vezes um objetivo espiritual ou um local reservado para imortais eleitos (TRESIDDER, 2003, p.174). Na mitologia grega, Zeus é originário da ilha sagrada de Minos, pátria dos mistérios e é para as Ilhas Afortunadas que Aquiles é levado após a sua morte na Guerra de Tróia. No Oriente, as ilhas brancas Awa – a ilha da espuma – e Onogorojima são prova da presença universal e atemporal do símbolo da ilha (CHEVALIER, GHEERBRANT, 1997, p. 501).
Como não poderia deixar de ser a ilha desempenhava papel central na vida religiosa dos celtas da ilha da Irlanda. Para eles o outro mundo e o além maravilhoso estavam localizados em ilhas ao oeste ou ao norte. Mas a ilha por excelência dos celtas era a Bretanha, não é por acaso que a ilha era chamada de Albion (a Branca).
Os primeiros textos em inglês antigo começaram a aparecer durante o século VIII, sendo a maioria em West Saxon (saxão ocidental), um dos quatro dialetos principais. Um dois textos mais antigos que se conhece é o famoso poema épico Beowulf. É também o mais extenso fragmento da literatura de imaginação em inglês antigo e foi composto durante o século VII ou VIII por um talentoso poeta anônimo anglo, provavelmente um monge ou clérigo, que conseguiu mesclar fatos da história escandinava e da mitologia pagã com elementos cristãos.
O inglês antigo consistia de vários dialetos germânicos levados para a Grã-Bretanha do noroeste do continente europeu em meados do primeiro milênio da Era Cristã. O povoamento germânico foi muito limitado durante o período romano