Não é a História a culpada

Diego Aloisio dos Santos Silva1

Não é a História a culpada!

Não é a história a culpada pelas criticas existentes a personagens do passado. Criticas essas que convivem com os afagos contemporâneos aplicados a pessoas que no presente têm ou tiveram atitudes iguais ou equivalentes a aqueles que hoje são criticados pelo seu passado.

Peço que notem Senhoras e Senhores que hoje é comum testemunharmos pessoas que se disponibilizam a construir críticas as ações de personagens como Adolf Hitler (distante no tempo), ou ainda, como Muamar Kadaf (distante do espaço). Não quero entrar no mérito se essas são justas ou não, porém, registre-se que creio em seu caráter equitativo. Contudo, atenta o fato desses mesmos preferirem estabelecer críticas aos personagens do passado ou a personagens do presente, porém de uma realidade distante da nossa e em paralelo esquecer dos tiranos ou corruptos que se “sentam ao nosso lado”. Ora, porque não questionar aquele que é injusto e exerce poder sob nós no presente? Por que só abordarmos temas distantes? Por que o conivente “afago” a aqueles que mancham a nossa história hoje? A História não é só passado, pelo contrario, é também este na compreensão que o presente mais do que nunca é “autor” da História, portanto a História é tudo isso!

Tal análise, mais do que nunca pode ser exemplificada em várias histórias, contudo, exercendo a atividade de Historiador, fujo dos temas próximos a mim e cito como ilustração a seguinte matéria:

“Por cordialidade com o colega ou não, o presidente do Senado Federal José Sarney (PMDB-AP) defendeu a retirada de fotografias que retratavam o processo de impeachment sofrido pelo ex-presidente, e atual senador, Fernando Collor (PTB-AL), da galeria que ilustra o chamado “Túnel do Tempo” do prédio. “Não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Agora, acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não deveria ter acontecido na história do Brasil. Mas não é tão marcante