Noções de psicopatologia e psicofarmacologia
De acordo com o contexto de definição da bioética, também chamada de ética prática, ela tem por objetivo principal buscar soluções para os conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas humanas, ou seja, está implícito em seu conceito resolver os conflitos éticos concretos da sociedade.
Segundo Volnei Garrafa, nos países latino-americanos, de modo geral, o tema da justiça sanitária faz parte natural da agenda bioética, no entanto, em alguns países desenvolvidos e mesmo em determinados núcleos acadêmicos das nações em desenvolvimento, existem fortes resistências à ampliação para o campo sanitário, dos paradigmas referenciais da bioética preferencialmente biotecnológica e, principalmente, à politização da pauta bioética internacional.
O que não deveria acontecer, pois no mundo em que vivemos, não fazer parte da exclusão social e da pobreza é privilégio de poucos. Tornando o sanitarismo um assunto a ser aceito e discutido por todos, e que tem relação direta com a ética da qualidade de vida como um todo, independentemente do interesse político de cada país.
Ainda, segundo Garrafa, duas são as razões básicas para essa resistência: * O preciosismo acadêmico de alguns estudiosos, que tentam desqualificar o academicismo do debate social da bioética, afirmando que a temática política, que inclui temas da saúde pública e coletiva, com a inclusão social e outros, está fora do escopo epistemológico da disciplina, constituindo na realidade outra área que denominam de biopolítica (KOTTOW); * E o conservadorismo ou estreiteza política, superdotado do vazio ideológico deixado pela modernidade tardia, que ressuscitam uma superada contradição fortemente constatada na América Latina dos anos 60 e 70 do século passado, onde notáveis sanitaristas como JUAN CESAR GARCIA, CECÍLIA DONÂNGELO E SERGIO AROUCA, tiveram que empreender heroica resistência às ditaduras militares plantadas no continente para sua área de trabalho,