Nova politica brasileira

O Brasil vive um importante momento de transição na política e na administração pública. Uma transição que começou com o aperfeiçoamento dos mecanismos de controle e transparência sobre a atividade pública, seja ela legislativa ou executiva, e agora se estende para o campo da ética, da decência e do combate à corrupção. Um movimento que começou com a edição da Lei da Responsabilidade Fiscal, em 2000, e que se aperfeiçoou com a Lei da Ficha Limpa, em 2010, que está sendo aplicada com efetividade pela primeira vez nas eleições deste ano.

Esse período foi marcado pela consolidação da democracia brasileira, com o aperfeiçoamento das eleições diretas, a alternância de poder nas diversas esferas da gestão pública e o fortalecimento da autonomia dos poderes constituídos. Foi marcado também pelo uso das novas tecnologias da informação. A massificação do uso da internet, conectando a sociedade em redes, possibilitou a criação de portais para interação entre o cidadão e o governo, resultando em maior efetividade e agilidade na prestação de serviços, bem como maior transparência na execução dos mesmos.

Hoje, por meio dos portais dos governos federal, estaduais e municipais, e das casas legislativas como o Senado, a Câmara Federal, as Assembleias e Câmaras Municipais, é possível acompanhar praticamente todas as atividades do poder público. É possível fiscalizar o andamento de obras, a arrecadação de tributos, a aplicação de recursos e a atividade dos parlamentares. Além disso, a sociedade tem condições de participar efetivamente da administração pública, da elaboração de propostas e de programas do governo, exercendo o controle social dos recursos e das políticas públicas.

Com todos esses mecanismos de controle o espaço para a corrupção foi reduzido e os desvios de recursos públicos passaram a ser facilmente detectados. Com isso, práticas arraigadas na política brasileira começaram a ser combatidas com maior efetividade, resultando, por exemplo, nas denúncias que