Neutra
Departamento de Arquitetura
Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo
Disciplina: Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo II
Professora: Carolina Costa
Texto complementar, em auxílio à compreensão do contexto e das propostas do
Projeto Moderno: Resenha sobre textos de Jürgen Habermas sobre a postura moderna e a modernidade.
MODERNIDADE VERSUS PÓS-MODERNIDADE
Em seu texto “Modernidade versus Pós-Modernidade”, Habermas (1980)1 afirma que o sacrifício da tradição de modernidade em substituição por um novo historicismo embasa a declaração de que o que está sendo descrito como pósmoderno apresenta-se na verdade como anti-moderno. Para embasar esta afirmação, o autor inicia o texto definindo os conceitos a serem discutidos, lembrando como se deu a idéia inicial do que compreendemos como “moderno”.
De acordo com Habermas, até o século XIX, a idéia sobre o que era “ser moderno” diferenciava da idéia tal qual a pensamos atualmente. A idéia de ser moderno, anteriormente, implicava voltar aos antigos, prestar-lhes referência, fazer com que algo há tempo imêmore tornasse a ser utilizado2; e, tal como a conhecemos hoje, a modernidade teve início com o desenrolar dos ideais do iluminismo francês, no momento em que o romântico modernista buscou se opor aos antigos ideais dos classicistas. “ (...) Ao longo do século XIX emergiu deste espírito romântico aquela consciência radicalizada de modernidade que se destacou de todo laço histórico particular. Este modernismo, o mais recente, estabelece simplesmente uma oposição abstrata entre tradição e presente; e, de certa maneira, ainda permanecemos contemporâneos daquela espécie de modernidade estética surgida em meados do século XIX. O traço distintivo das obras que passam por modernas é, desde então, o ‘novo’. A característica de tais obras é o ‘novo’ que se há de ultrapassar e tornarse obsoleto pela novidade do próximo estilo. (...) Claro está que