Natureza do signo linguístico

Natureza do signo linguístico

O signo lingüístico designa o total, e se desmembra em significado e significante sendo respectivamente conceito e imagem acústica, de forma que o conceito é a fala em si e a imagem acústica é a idéia da seguinte fala, ou seja, quando ligamos a palavra a sua imagem. Por exemplo, quando pensamos em casa como “palavra” involuntariamente já será correlacionada a casa imagem, como se fosse algo único, palavra e imagem, essa unidade é determinada como signo lingüístico. O signo lingüístico possui um ligante que uni significado e significante, este ligante é denominado como arbitrariedade, podendo assim afirmar que o signo línguístico é arbitrário. O significante ao contrario do significado, não é arbitrário, pois não pode ser mudado de região para região, uma bicicleta continua sendo uma bicicleta independente de onde se encontre, já o seu significado que é a fala em si varia de região para região e de acordo com a evolução fonética de cada lingua. A imutabilidade linguística não se justifica pela hereditariedade onde a mãe ao falar passa a carga linguística até então conhecida para seu filho, mas, se justifica pelo fato dos “indivíduos em larga medida, não terem consciência das leis da língua, e se não as percebem não as podem modificar” (SAUSSURE, 2001, p.90), e cada povo geralmente está satisfeito com a língua que recebeu. A mutabilidade linguística se dá por meio da mudança entre a matéria fônica e a idéia onde algum ou os dois se alteram. Uma língua é incapaz de se defender dos fatores que deslocam, de minuto a minuto, a relação entre o significado e o significante, pois é uma das consequências da arbitrariedade dos signos (SAUSSURE, 2001). Essas mudanças existem por causa da lei universal em que o tempo muda tudo. A partir deste conceito em relação ao tempo, surgiu a dualidade de todas as ciências, onde a lingüística foi abrigada a se dividir em duas partes, cada uma com seu próprio principio. A designação dessa divisão se