Narcisismo Freudiano
Autos-retratos de Van Gogh, Picasso e Da Vinci.
Obra “O Retrato de Dorian Grey”.
https://www.youtube.com/watch?v=slPCJBfkhVs (EU me amo – Ultraje a Rigor)
Eu me amo
Sobre a literatura de auto ajuda
O título é uma lembrança de uma música homônina do Ultraje a Rigor que satiriza o narcisismo contemporâneo. A música é simples, um sujeito vivia triste e sem sentido, eis que descobre a maravilha que ele próprio é e passa a amar-se a ponto de não mais poder viver sebm si mesmo. A letra é muito feliz, pega nesse escracho o absurdo do narcisismo contemporâneo.
Individualistas, como cada dia mais somos, partimos da crença que boa parte de nossos problemas poderiam ser resolvidos se tivéssemos uma boa autoestima. Então assim seguimos, buscando ser um objeto o suficiente bom para podermos nos amar e ganhar mais independência dos outros.
Essa concepção é a mola mestra dos conselhos de nossas comadres e de uma literatura bem em voga: os manuais de auto-ajuda. Quanto às comadres, tudo bem, estão imersas em seu próprio tempo, é isso mesmo que iriam dizer, porém quanto à literatura é necessário uma crítica, afinal, mostram-se vendendo uma sabedoria “científica”.
Infelizmente o narcisismo não é binário, assim fosse, nossos problemas estariam resolvidos, todos nos amaríamos a nós mesmo e seríamos felizes para sempre. O narcisismo precisa ser pensado sempre a três termos: eu, mim mesmo e o outro. O raciocínio comum pega um eixo com dois elementos que correm em um polo: ser ou não bom para si mesmo enquanto objeto. O que fica elidido desse raciocício é o outro, ora se somos amados pelos outros então nos julgamos bons para sermos amados por nós mesmos e caso contrário não.
O problema é que somos tão individualistas e tão narcisistas que não admitimos o quanto somos