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Para Heráclito de Éfeso (sécs VI a V a.C.), tudo o que existe está em mudança ou transformação. A essa incessante alteração deu o nome de devir.
O mundo, segundo Heráclito, é um fluxo permanente em que nada permanece idêntico a si mesmo, tudo se transforma. É da luta entre os contrários, ou seja, do devir, do tornar-se, do vir-a-ser, que eles se harmonizam numa unidade. O lógos (palavra grega que significa razão, discurso sobre o ser) é mudança e contradição.
Isso significa que a verdade é dialética, isto é, as palavras dizem as coisas em sua transformação. Os nossos sentidos enganam, pois enxergamos as coisas imóveis, estáveis, com uma forma própria e determinada. Porém, nosso pensamento capta a instabilidade e mutabilidade dos seres
É na síntese entre os pares de contrários (o dia se torna noite, a qual se torna dia novamente; a vida que se torna morte e vice-versa; o quente se torna frio e o frio que se torna quente; o seco vira úmido o úmido que seca etc.), da multiplicidade contraditória que surge a unidade dialética que nos permite algum conhecimento, ainda que passageiro.
O Obscuro, como era conhecido Heráclito, concebeu o fogo como o elemento constituinte da physis (natureza). É uma concepção de realidade que permite compreender o mundo somente no seu devir e na unidade dos opostos. Quer dizer que, por exemplo, a doença torna valorosa a saúde e que jamais entenderíamos o significado da justiça se não houvesse a injustiça. FRAGMENTOS DE HERÁCLITO
Entramos e não entramos no mesmo rio, somos e não somos.
Surgimento já tende ao encobrimento.
Princípio e fim se reúnem na circunferência do círculo.
Auscultando não a mim, mas ao Lógos, é sábio compreender que tudo é um.
PARMÊNIDES Parmênides (544 – 450 a.C.) foi o mais influente filósofo que precedeu Platão. Em sua doutrina se destacam o monismo e o imobilismo. Ele propôs que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, indivisível e imóvel. Parmênides