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Parece ser um consenso entre os cariocas que o rico e o pobre, o branco e o preto, a Vieira Souto e a Rocinha se encontram na orla da cidade do Rio de Janeiro. É sobre esse conceito que se apóia o documentário Faixa de Areia, de Flávia Lins e Silva e Daniela Kallman. É pouco mais de uma hora e meia batendo no mesmo assunto, sem acrescentar ou provar nada.

Falta ao filme um certo conteúdo, algo em que se embasar, ao invés de dezenas de banhistas comentando o quanto o Rio de Janeiro é lindo, o quanto as praias são maravilhosas, e como a luta de classes não existe nas areias de Copacabana – o que, como todos sabem, é mera ilusão, dados os altos índices de violência na cidade nos últimos meses.

Até há assunto em Faixa de Areia, mas suficiente apenas para um curta. Para se fazer um longa do nada é preciso algo mais do que corpos esculturais – alguns nem tanto – sol, areia e mar. Há também no filme problemas que são discutidos por documentaristas desde quando o documentário é documentário. As diretoras intervêm demais nas entrevistas, conduzem demais seus entrevistados, dando pouca liberdade para eles se familiarizarem com a câmera a ponto de esquecê-la e se abrirem de verdade, e não apenas dizer aquilo que é bonito. Ou, então com perguntas desnecessárias, como aquelas feitas a um grupo de catadores de latinhas.

Assim, desperdiçam boas figuras que poderiam gerar mais do que o mero comentário de que na praia do Rio todos são iguais. Entre os entrevistados estão travestis, garotas de programa, rapazes da comunidade e a famosa jogadora de vôlei Isabel – autora de um dos comentários mais infelizes do documentário. Ela diz que o Rio de Janeiro é um “paradise”, em inglês, mesmo – só corroborando com a idéia de que esse tal paraíso tropical só existe na mente dos turistas ou dos muito

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