Música como instrumento de inserção social

“MÚSICA COMO INSTRUMENTO DE INSERÇÃO SOCIAL”

A inclusão social é um tema cada vez mais recorrente em uma sociedade caracterizada pelas desigualdades e diversidades socioeconômicas e culturais. A partir dessa percepção, e levando em conta a grande quantidade de projetos sociais que utilizam a música como ferramenta de educação e inclusão social, surgiu um interesse específico em pesquisar as técnicas utilizadas, benefícios e desafios que este tipo de trabalho pode desencadear no cenário da inclusão social de jovens em situação de vulnerabilidade.
O presente trabalho pretende levantar questões que sustentem a premissa de que a música tem papel extremamente relevante em projetos de inclusão social e que jovens em situação de vulnerabilidade social conseguem se reinserir na comunidade, inclusive de forma economicamente ativa. Para isso, serão selecionados quatro projetos que farão parte da pesquisa.
Há apenas 15 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a importância de inserir a musicoterapia nos centros multidisciplinares de saúde. Contudo, há séculos a música é utilizada com fins restauradores pelo homem.

Um dos registros mais antigos sobre o uso da técnica foi deixado pelo médico e filósofo persa Avicena (980-1031), que prescrevia canções, além de opiáceos, para aliviar a dor. Atualmente, há clínicas integralmente dedicadas ao método, além de hospitais que adotam, além da musicoterapia, a cantoterapia.
É constante na história da humanidade, a discussão sobre a presença da música na formação do ser humano. E é também há muito tempo que se discute em diferentes níveis, acadêmicos ou fora deles, a importância do papel da arte na educação, e consequentemente na formação geral do ser humano. Discute-se ainda, o papel da música na sociedade, permitindo desta forma a criação, desenvolvimento e proliferação de projetos acadêmicos dirigidos à comunidade circundante das instituições universitárias, especialmente para o chamado Terceiro Setor.
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