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CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: mudanças e transformações na perspectiva de Paulo Freire

A História da Educação no Brasil surgiu com a chegada dos portugueses que trouxeram um padrão educacional europeu. Os jesuítas trouxeram os métodos pedagógicos que funcionaram por mais de dois séculos (1549 a 1759). Após esse período houve uma ruptura na Historia da Educação Brasileira, que teve como conseqüência, a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal e a tentativa da implantação das aulas régias que foram um verdadeiro caos, culminando com a fuga da Família Real e a transferência do reinado para o Novo Mundo. (HUBERMAN, 1985) Com a vinda de D.João VI foram abertas Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina; a Biblioteca Real; Jardim Botânico e a principal mudança, a Imprensa Regia. A educação tinha importância secundária, pois a primeira universidade brasileira surgiu somente em 1934 em São Paulo, sendo que, em 1538, já existia a Universidade de São Domingos e em 1551, a do México e a de Lima. (CAMBI, 1999) Muitos reclamavam da má qualidade da educação brasileira, já que D.João VI, D. Pedro I e D. Pedro II pouco fizeram para melhorá-la. Houve várias tentativas para reformá-la, com a Proclamação da República, mas não ocorreu uma evolução marcante ou significativa em termos de modelos. Com a Primeira República (1889-1929) foi adotado o modelo político americano; o Presidencialismo. Nesse período a educação teve como influência a Filosofia positivista. A reforma de Benjamin Constant tinha o objetivo de transformar o ensino em formador de alunos para os cursos superiores e não apenas preparador, além de substituir o predomínio literário pelo cientifico. Essa reforma era baseada nos princípios orientadores da liberdade e laicidade do ensino e a gratuidade da escola primária. Em 1901, o código Epitácio Pessoa inclui a lógica entre as matérias retirando a Biologia, Sociologia e a Moral, o que acentuou a parte literária em detrimento da cientifica.