Musica e imprensa alternativas no governo Medici

PROPAGANDA POLITICA
Governo Médici
Durante o governo Médici (1969-1974), a propaganda foi um importante veículo utilizado a fim de formar uma sociedade aos moldes do que o governo pretendia na época. Além disso, as instituições sociais, o esporte, a música e até a cultura foram utilizadas para difundir, promover e legitimar a ideologia governamental. Desta forma, cabe agora analisar a forma pela qual o presidente Médici através de slogans, músicas e imagens, conseguiu incutir sua política nas pessoas.
Em resumo, vendia-se a imagem de um país que crescia a cada dia e, esse crescimento dependia de um sistema ordeiro e justo; da união da sociedade e do comprometimento com a nação. Neste contexto, não se pode esquecer de falar da AERP (Assessoria Especial de Relações Publicas) que surgiu com a finalidade de combater as oposições ao governo ditatorial. Visto que, procurava trabalhar as ações do governo e a imagem do Presidente de forma positiva, ou seja, tratava-se de uma espécie de propaganda ideológica. Assim, ajudava a infiltrar ideias no meio da sociedade favorecendo o controle ideológico normalmente difundido por um sistema governamental autoritário e centralizado. Seu papel, por isso, é tornar legítima aos indivíduos, as próprias repressões em prol do crescimento da nação. Contudo, a AERP enfrentava a oposição da Operação Bandeirante– órgão embrionário do Sistema DOI-CODI – que achava a AERP uma tanto supérflua e superficial.
Com o intuito de contrapor as propagandas da AERP e reprimir os opositores do Governo, esta Operação Bandeirante, criou o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”, praticamente um convite ao exílio espontâneo. O objetivo era intimar os brasileiros a se definirem diante de um novo panorama imposto pelo regime militar; conclamava todos os níveis da nação a aderirem e aprovarem o projeto imposto pelo sistema. Em resposta positiva a este slogan, o cantor Wilson Simonal escreveu o samba “Brasil, eu fico”.
Na realidade, a AERP foi criada para