Museu Imperial como narrativa nacional

CENTRO UNIVERSITÁRIO FACVEST
Curso de Pedagogia
Disciplina: Cultura e Patrimônio Histórico
Professor: Rafael Van
Acadêmicas: Débora Almeida

O Museu Imperial como narrativa nacional* A analise do texto museológico,(...) por não se tratar de um texto verbal, literário, escrito nas paredes, mas de um processo de comunicação que só se atualiza na prática,na interação entre público, exposição e contexto museológico, tal análise não se sustentaria unicamente na exploração das estruturas e estratégia narrativas ou discursivas( no nível da “expressão” e no do “ conteúdo”), e de suas implicações político-ideologicas. (...) Mais apropriado abordar essa presumida “ narrativa nacional”, a ser descoberta no acontecimento museológico intitulado “ Museu Imperial”, como um texto de tipo poético e estético, que atua no processo comunicativo como o gerador de ambigüidades, de uma “ neblina de sentido”, cujas ressonâncias e cujas fruição colocam, para análise de sua estrutura e significados, uma complexidade e uma dificuldade bem maiores do que as condições perceptíveis de estruturas mais fechadas e claramente produzidas sob a forma de “narrativa” linear, discursiva e cronologicamente organizada. Como um texto poético e consequentemente estético, o discurso, ou melhor, a “ retórica expositivado Museu Imperial é um exemplo de uma “ obra aberta”, como definida por Eco em sua fase ainda pré-semiótica(...). O discurso do expositivo do Museu Imperial, desde as suas origens e em suas sucessivas reformulações, ate hoje, ou propões qualquer tipo de narrativa, sequer de uma “narrativa nacional”(...). Nem em sua forma poética, ele se reveste, em diferentes momentos, dos diferentes gêneros da poesia- desde a épica, celebradora de grandes feitos, à poesia elegíaca, que apela para a evocação e a rememoração, o estilo de um “memorial” à poesia romântica ou simbolista, que se apóia em metáforas e na matéria