Mulheres

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Em “O sexo feminino” é possível perceber a diferenciações e variações do padrão historicamente produzido que identifica a formação e educação da mulher ao ideário monolítico de reclusão domiciliar. Através da valorização da mulher no desempenho do papel materno e no reconhecimento de sua intervenção moralizadora no seio da sociedade.
No livro “Nova História das Mulheres no Brasil”, autora Joana Maria Pedro, nasceu em Itajaí, e toda sua formação em História, e em 2001 fez pós doutorado na França. Em seu livro teve a intenção de chegar em um público mais amplo, na verdade já há acumulada, segundo a autora, uma série de pesquisas e livros, sobre as mulheres, tanto no Brasil, quanto no exterior. Apresenta a trajetória da história das mulheres no Brasil.
Os temas oriundos das reflexões contidas nesse livro trazem, para a ordem do dia, várias modificações nas legislações civis e penais sobre família, aborto e divórcio, decorrentes das transformações pelas quais passou o país em termos urbanísticos, higienistas e de ordem moral. Mudanças essas que faziam eco às campanhas por modernização que já vinham ocorrendo desde os fins do século XIX. De acordo com Ana Silvia Scott, à medida que o século XX seguia o seu curso, foi requerido o modelo de uma "nova família", cuja protagonista, a mãe, teria sido responsável por dispensar especial atenção ao cuidado e à educação dos filhos, responsabilizando-se pela formação moral das crianças no interior dos lares. Os espaços públicos teriam sido reservados aos homens, vistos como provedores e chefes da família. A autora destaca as mudanças ocorridas na legislação brasileira quanto à formação de novos arranjos familiares, desatualizando a ideia de família nuclear, constituída somente pelo pai, mãe e filhos.
A historiadora June E. Hahner retoma o tema da família, pontuando os sentidos de honra e da distinção constitutivos de modelos pautados no feminino. A honra das senhoras de elite era baseada em sinais de pureza e recato,