Movimento Social

Urbanidades e Novas Ruralidades no Estado do Rio de Janeiro:
Algumas Considerações Teóricas

“As relações cidade-campo e o papel das cidades no desenvolvimento do capitalismo sempre estiveram na primeira linha de preocupação dos cientistas sociais e dos geógrafos em particular”. (pag. 27) “Os estudos do espaço rural têm de se interessar pelas indústrias e serviços no campo”. (pag.27)
O conceito de rural está colocado pela cidade-campo ou rural-urbano numa posição contrária ao urbano, sendo que o urbano é visto como símbolo do desenvolvimento e dinamismo onde as atividades baseadas nos setores industriais e de serviços comandam a economia e garantem rendas superiores aos conseguidos pelas populações rurais. Dessa forma, há um grande interesse no crescimento industrial no campo, para uma nova reestruturação espacial.
“Desenvolvimento do capitalismo, em sua fase atual, que atua desigualmente sobre o espaço geográfico”. (pag. 27)
No campo tendo como principal atração as atividades primárias ligadas a terra, sendo um tempo arcaico, ou melhor, atrasado e conservador diferenciando das atividades localizadas nas cidades, pois os setores secundários e terciários da economia se encontravam na cidade. Desencadeando uma desigualdade do capitalismo neste espaço geográfico “cidade e campo”. O rural era conhecido como um tempo lento, de roças, de um trabalho manual, hoje pode dizer que o rural é a continuação do urbano com o processo de industrialização da agricultura, e do urbano entrando no rural com a mecanização e empresas do setor financeiro.
“Recorremos a Santos (1985,p.2) como referencial na percepção da relação espaço-desenvolvimento econômico ao nos lembrar que as formas geográficas são formas-conteúdo; que, assim, “estão sendo permanentemente alteradas e que o conteúdo ganha uma nova dimensão ao encaixar-se na forma”. (pag. 28) O interior do Estado do Rio de Janeiro mostra como