Motivação

Passageiro voador vale quanto pesa!
04/04/2013 - por Ricardo Neves | Economia Criativa

“Pague somente aquilo que você pesa!” Esse é o slogan que embala a campanha publicitária da primeira empresa aérea a cobrar passagens de acordo com o peso do passageiro, e que ganhou destaque nesta semana na mídia dos EUA. Em um mercado mundial com forte e vibrante concorrência – o que não é exatamente o caso do Brasil! – mercado no qual margens de lucro são pequenas e que sente cada vez mais as consequências do fim do petróleo barato, as experiências estão prosperando em várias direções e a experiência pioneira da Samoa Air pode criar uma nova tendência.
Especialmente do ponto de vista de uma empresa de aviação pequena, como é o caso da Samoa Air, que opera apenas três aeronaves, essa política faz ainda mais sentido, pois o custo de combustível é uma variável que não dá para diluir no meio de outras. Não desqualifique a Samoa só pelo tamanho da empresa. São os Davis que criam as inovações disruptivas. Lembre-se que a Southwest, a gigante pioneira do modelo low cost, começou exatamente com um único avião!
Em entrevista à CNN, Chris Langthon, presidente da Samoa Air explica que “o próximo passo para a aviação é reconhecer que nós não cabemos mais todos em um assento padrão”. Langthon admite, de forma educada e tácita, que o sobrepeso e a obesidade se tornaram também parte importante da equação que precisa ser considerada nos negócios de transporte de passageiro, que agora efetivamente vale quanto pesa.
O CEO da Samoa Air explica que seu raciocínio funciona bem para todos os tipos de clientes, pois as pessoas que pagam mais recebem assentos mais espaçosos, maior espaço para as pernas no caso dos mais altos e mais direito à bagagem para quem precisa levar muita coisa. E obviamente desonera aqueles que não teem essas necessidades específicas.
Faz sentido, sobretudo quando se formam determinados grupos. Imagine transportar a delegação de bailarinas de balé do Bolshoi,