Modelo de relatorio
Quando nasce um bebê surdo em uma família em que os pais também são deficientes auditivos é bem mais fácil ocorrer a interação entre estes indivíduos, pois os pais são capazes de compreender melhor a surdez do filho, proporcionando assim um sistema de comunicação que os próprios já possuem (linguagem de sinais). Em contrapartida quando isso ocorre em famílias onde os pais são ouvintes, a integração é mais complicada, pois estes desconhecem a linguagem de sinais, o que dificulta a comunicação com a criança, sendo assim, estes buscam introduzir à linguagem oral.
Mariali, uma criança argentina, perdeu a audição (surdez profunda) aos quatro anos de idade devido a uma meningite tuberculosa. A família então, buscando favorecer a linguagem oral, repetia para ela palavras já conhecidas e depois a estimulavam a repetir e fazer perguntas sobre diversas coisas. Aos poucos Mariali foi fazendo leitura labial e, gradativamente, voltou a falar. Hoje ela é doutra em Psicologia escolar e defende o processo de oralização, integração e contato com ouvintes. Mas é importante ressaltar que a surdez dela é pós-linguística, ou seja, ela já havia adquirido o essencial da linguagem oral ao se tornar surda.
Atualmente existem muitas criticas a respeito da educação para o desenvolvimento da linguagem oral desacompanhada da aprendizagem da língua de sinais, principalmente nos casos de surdez pré-linguística. Uma dessas evidencia que aqueles que atribuem a primazia à oralização, ou apenas a linguagem oral, tomam o ouvinte como modelo ideal a ser atingido pelo surdo, mas como este não pode ouvir e falar da mesma maneira acaba sendo considerado inferior. Alguns críticos ressaltam ainda que, ao fazer a leitura labial do que os ouvintes falam, um surdo detecta no máximo 25% da fala produzida.
A educação das pessoas surdas apresenta um histórico de ênfase na aprendizagem da linguagem oral em detrimento da língua de sinais, o