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sobre

Texto do Modo Dramático

O Texto Dramático

1. «O texto dramático, isto é, o texto integrável no modo literário do drama, pertence à literatura e deve ser objecto de análise da teoria da literatura, mas já o mesmo não se passa com o texto teatral, que é um específico texto espectacular e que, por conseguinte, constitui um fenómeno de semiose só parcialmente literária.» (AGUIAR E SILVA, 19867: 604)
2. Os pressupostos teóricos da análise literária do texto dramático situam-se necessariamente nos âmbitos da História Literária, da Teoria da Literatura e da
Pragmática do Texto Literário.

3. A sistematização e registo das diferenças e semelhanças entre narrativa e texto dramático (cf. Gomes, 1985: 68-69 e 122-123) deve considerar pelo menos os seguintes aspectos básicos, descritos aqui de forma muito esquemática:
1.
Texto narrativo – «Orientado para a terceira pessoa (ele / ela): narrador
+ personagens».
Texto dramático – «Orientado na relação eu-tu: personagens»;
«frequência elevada da 1.ª e 2.ª pessoas».
2.
Texto narrativo – O narrador tem uma importância capital: é ele que conta a história.
Texto dramático – «O narrador “apaga-se”»; «há indicações de cenário» e sobre a movimentação das personagens, a intensidade da voz, etc.. Às indicações cénicas, que não são ditas pelas personagens e em geral aparecem dentro de parênteses, também se chama didascálias.
Destinam-se a orientar o trabalho do encenador da peça e dos actores e são escritas a pensar no espectáculo teatral.
3.
Texto narrativo – O narrador dá, muitas vezes, a palavra às personagens. Com frequência, o início do discurso destas é precedido de um travessão ou umas aspas. Antes, no meio ou depois do discurso de cada personagem, é comum o narrador dizer quem o pronuncia. O narrador também usa o discurso indirecto para contar, por palavras suas, o que a personagem disse.
Texto dramático – «O nome da personagem precede sempre o texto que
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