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SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como Liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Sen (2000) inicia a obra ponderando sobre a sociedade contemporânea e a opulência do capitalismo, enaltecedor do consumismo e do fetichismo da mercadoria. Por outro lado, ele chama a atenção para a ampliação das liberdades políticas e do engajamento participativo dos atores sociais como um diferencial na sociedade global.
Um diferencial que em face das territorialidades pode assinalar uma condição endógena de desenvolvimento, diante de um mundo marcado também por privações, uma simbiose entre novos e velhos problemas que inibem o potencial humano. Privações sociais, econômicas e políticas que denotam a insustentabilidade da vida e do meio ambiente. A liberdade é uma condição essencial para a promoção do desenvolvimento. Nas suas palavras (2000, p.10):
A expansão da liberdade é vista, por essa abordagem, como o principal fim e o principal meio do desenvolvimento. O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de agente.
O processo de desenvolvimento se dá no compartilhamento e na integração de vários tipos de liberdade, complementando-se para reforçar a condição de agente das pessoas ou do empoderamento. Uma sinergia que exige uma posição participativa dos agentes e que estes não sejam apenas aqueles que são beneficiados, mas sujeitos dos processos e das políticas de desenvolvimento. Nesse ponto, as garantias de oportunidades econômicas, liberdades políticas, facilidades sociais, garantias de transparência e segurança protetora são estímulos que reforçam a posição sinérgica dos agentes.
E porque não dizer a expansão das liberdades são formas de promoção da Dignidade da Pessoa Humana. Esta reflexão é no mínimo uma crítica a noção tradicional de desenvolvimento que a equipara a de crescimento econômico com o dinamismo do Produto Nacional Bruto – PNB e do