Mitraísmo
Nascido na época helenística no mediterrâneo oriental, o Mitraísmo é uma religião de mistérios. O historiador de origem grega, Plutarco em suas obras revela que os piratas da Cicília praticavam o culto ao deus Mithra, e quando foram aprisionados na Itália pelos romanos os introduziu a adoração a essa divindade. Em meados do século III o mitraísmo chegou ao seu auge, ganhado adeptos da mais alta sociedade romana, incluindo imperadores como Juliano, Diocleciano e Cômodo, e entrou em declínio junto com o Império.
Aproximadamente em 1400 a.c ganha seu lugar na Persa, passa a integrar o panteão do zoroastrismo (oposição entre bem e mal, entre matéria e espírito) primeiro como senhor dos elementos, mais tarde sobre a forma definitiva de deus solar, era o deus que assegurava o equilíbrio e a ordem no cosmo.
Mitra é um deus de forma humana, representado pro um jovem montado num touro, e com uma das mãos, empunha uma adaga pra o degolar. O acontecimento mais marcante foi a luta simbólica de Mitra contra esse animal sagrado que ele derrotou e sacrificou em prol da humanidade, isso é denominado tauroctonia. Era supostamente do bem, criador da luz, em luta permanente contra a divindade obscura do mal, capaz de oferecer uma esperança de salvação. Acreditavam na existência após a morte, na qual os homens bons continuariam seus caminhos e os maus morreriam. Seu culto estava associado à crença na existência futura absolutamente espiritual e libertada da matéria, compatível com as idéias religiosas e filosóficas da época, como o gnosticismo e o neoplatonismo.
Mas é mais evidente suas influencias no cristianismo, aniversariar no dia 25 dezembro, o rito do pão e vinho, a promessa de salvar os batizados e voltar para o juízo final são algumas das crenças que as duas religiões pregam.