Mitos e verdades sobre violência doméstica com deficientes
Violência Doméstica e Deficiência
Mito:
Não há entre as vítimas aquelas portadoras de necessidades especiais.
Verdade:
Os estudos científicos nos mostram que os portadores de necessidades especiais podem ser vítimas também do mesmo modo que os não portadores.
Ressalte-se, aliás, que os portadores de necessidades especiais enfrentam um maior risco tendo em vista que muitos deles têm dificuldades de comunicação, são mais vulneráveis a processos de intimidação, etc.
A MINORIA SILENCIOSA
Ser menos que uma pessoa, uma pessoa sem importância. Qualquer um pode fazer qualquer coisa contra você e o resto do mundo nem vai tomar conhecimento ou fazer qualquer coisa.
(Depoimento de uma vítima de violência doméstica, portadora de deficiência)
Dentro da história do fenômeno da violência doméstica contra crianças e adolescentes um dos capítulos mais obscuros é o daquele que se relacionam as vítimas portadoras de deficiências (de natureza mental, física) uma vez que as contribuições científicas sobre a questão vem aumentando lentamente mais ao final da década de 80 e início dos anos 90, acreditando-se que a Convenção das Nações Unidas para os Direitos da Criança tenha tido um papel preponderante ao alavancar este tipo de debate. Entretanto, o que se observa é que muitos preconceitos cercam esta problemática e ainda perduram as atitudes de descompromisso face à gravidade da questão.
Os estudos científicos internacionais vem demonstrando que:
1. a violência doméstica (através de espancamentos com cintos, chinelos, sedação, confinamento, prática de atos libidinosos, estupros, negligência etc.) pode fazer parte integrante da vida de crianças portadoras de deficiências físicas e mentais;
2. estas crianças são mais vulneráveis do que as demais como resultado do fato de serem vistas como diferentes e, portanto, tratadas de forma também diversa que diz respeito a suas freqüentes hospitalizações,