Mito da igualdade social

Desconstrução do mito da democracia racial Na pretensão de desconstruir o mito da democracia racial, é imprescindível definir os termos MITO e DEMOCRACIA. Pois, apenas com a apreensão destes, estaremos prontos para avaliar a “democracia racial” brasileira. O mito é uma representação da realidade vivida disseminada pela coletividade na tentativa de manter a coesão social através da manutenção dos valores dominantes.
Segundoo Mariela Chaui, “Um mito opera com antinomias, tensões e contradições que não podem ser resolvidas sem uma profunda transformação da sociedade no seu todo e que por isso são transferidas para uma solução imaginária, que torna suportável e justificável a realidade. Em suma, o mito nega e justifica a realidade negada por ele”. O mito são máscaras para transformar a realidade e adequá-la às necessidades “temporárias” de determinados grupos. A maioria das vezes não percebemos sua existência, tendo em vista que justifica e dissemina padrões que devem ser aceitos como a própria realidade. A palavra democracia tem origem na Grécia Antiga e deriva da junção de dois radicais: “demo”, que significa povo; e “kracia”, que significa poder. Sendo assim, poder exercido pelo povo. Carlos Hasenbalg afirma que desde o final do Segundo Império e início da República já se acreditava que no Brasil o problema do preconceito racial havia desvanecido, mas eles estavam equivocados. Esse pensamento continuou e ainda hoje existem pessoas que acreditam que há democracia racial. Em nosso cotidiano frequentemente nos deparamos com um vasto número de piadas termos que discriminam e depreciam as raças. Esse tipo de atitude é já não é comum apenas nas ruas, é também na internet, que é um meio de comunicação enorme e rápido, que pode fazer que as pessoas que sofreram com essas atitudes se sintam ainda pior em saber que todos no mundo inteiro poderão ver aquilo. Isso pode causar sérios problemas psicológicos que poderia ter sido evitado. O pior é que as ações racistas