MISTIFICA O E MITIFICA O NA FILOSOFIA

518 palavras 3 páginas
MISTIFICAÇÃO E MITIFICAÇÃO NA FILOSOFIA
Por Helton de Paula Rodrigues

Apesar de inicialmente e em visão superficial esses termos parecerem ter significados iguais ou terem sido usados por vezes no mesmo contexto ao longo de desse brevíssimo estudo tentaremos aclarar as divergências e separar essa tênue linha. Cumpre também analisar a etimologia e acepção dos dois termos, sendo certo que isso também ajudará distanciar-los gradativamente e ao final ficará demonstrado o total descaminho filosófico que cada uma percorre. A mistificação ou ato de mistificar (do Francês mystifier) é a ação de lograr, iludir, ludibriar; falsear”, ou até mesmo “fantasiar”, enganar ainda que por brincadeira abusando da credulidade de alguém. Também em uma definição mais crua temos a Mitificação como ato pelo qual surge um mito, converter em mito o tornar mítico, sem uma obrigatoriedade de usar este como meio de obtenção de vantagem ideológica ou financeira. A mitificação ainda pode ser a Arte de criar o fantasioso ou explicar o inexplicável valendo-se de meios ou crenças admitidas como reais ou possíveis de se admitir por aquele grupo ao qual esse entendimento ontológico, cultural, religioso ou filosófico pertence. Cumpre por oportuno ainda relembrar que ensina Platão, “mais do que expressão de fantasia, o mito é expressão de fé e de crença”, crença presente em um grupo ideológico e aceito através de uma compreensão racional, “Na verdade, em muitos diálogos, a partir do Górgias, a filosofia de Platão relativa a certos temas se configura como fé racionalizada” Pode se afirmar ainda que em seu entendimento o fantasioso seja obtido filosoficamente tendo ainda uma correlação vital entre mito e logos completando-se entre si, sendo que esses são necessários e inerentes ao ser humano e ao grupo social e para sua sustentação deverá ser aceito por todos do grupo. Ao contrario da Mitificação, a mistificação é o atuar o usar de meios ilusórios para o convencimento do

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