missa do galo

INTRODUÇÃO

Esse trabalho visa analisar o conto realista “A missa do Galo” de Machado de Assis, em todos os seus aspectos literários, a arte realista que veio contrapondo-se ao romantismo, colocando à tona os desvios de uma sociedade hipócrita de preceitos ideológicos de grupos sociais favorecidos, classe burguesa, Machado de Assis transparece com esse conto desejos subliminares dos quais analisei um a um. Face um evento mundialmente comemorável, a missa do galo, faz-se desenrolar uma trama cheia de entrelinhas, observaremos assim uma análise a fim de descobri as verdades subtendidas. O conto tem uma linguagem simples e objetiva associado a um ambiente propício ao pecado. O conto mostra o cotidiano de uma mulher traída e desejável.

Machado de Assis (21-06-1839 a 29-09-1908), o maior expoente do realismo no Brasil, tem publicado várias obras de sua autoria. Alfredo Bosi diz em História concisa da
Literatura Brasileira 43ª edição: “o ponto mais alto e mais equilibrado da prosa realista brasileira acha-se na ficção de Machado de Assis” pag. 174. Mas vamos nos ater ao conto missa do Galo. Protagonizado pelo Sr. Nogueira de 17 anos com dona Conceição com 30 anos. Machado demonstra bem suas características nessa narrativa, faz uma análise psicológica de seus personagens, demonstra nesse conto traços marcantes do realismo, linguagem objetiva e direta, uma representação mais fiel da realidade, analise de valores burgueses com base na critica sobre a hipocrisia, cada passo é devidamente analisado.
O senhor Nogueira, personagem narrador, questiona-se a respeito de uma conversa que teve com a Dona Conceição, mulher de um escrivão que tivera nupcias com uma prima, toda a história se dá passa no Rio de Janeiro, na Rua do Senado. Machado escreve:
“...vivia tranquilo, naquela casa assobradada da Rua do Senado, com meus livros, poucas relações, alguns passeios.” Nessas poucas palavras conseguimos pressupor que o senhor
Nogueira, era um rapaz